Vou à varanda
ver as árvores
de copas
que não ardem,
estão ainda
em suspenso
temerosas
aguardam
uma brisa suave
o esvoaçar das aves
nos seus ninhos
que a seguir traga
chuva
ou traga vento
alguma coisa
de imagem
ideia
ou pensamento
que redesenhe a nuvem
desejada
e possa devolver à árvore,
tão em suspenso,
mais uma vez
a luz,
o verde
o fruto
e
todo o seu talento
(2019)
Tenho enorme reverência pelas Árvores.Também gosto de escrever sobre elas...
ReplyDeleteAprecio muito o seu poema, pelo conteúdo, fazendo-nos reflectir sobre aquelas Árvores "em suspenso" e "temerosas".O verso flui e é portador de Esperança.