Cara Yvette, não encontrei seu e-mail... Queria lhe enviar uma poesia que fiz em um momento de tensão e de paixão. Não sei, poderia gerar outras temáticas. Meu e-mail: erica.pompeu@hotmail.com (se puder, me envia um retorno por e-mail)
Abraço, Ei-la:
ABORTIVO Este espinho na carne Este aguilhão indesejado Isto, que desde o princípio In illo tempore Não poderia ser Que não deveria ter sido querido E que a negligência e a imprudência do sentimento Ousaram almejar, e a alcançar, e a pretender ...
Isso, que não pode ser dito Que nunca será Que as entrelinhas de meus olhos denunciam Que os meus atos delatam Que o tormento entre a φιλία e o ἔρως insuflam Isso, inconcebível, incompreensível, aquém dos conceitos Além de mim mesma E que me toma, arrebatando-me por rumos novamente desconhecidos Que não será lido por ti Que não se saberá tão caro por mim... Isso, permanecerá oculto, velado e ignaro
Hoje, o sol alcançará o horizonte, mais uma vez A lua cheia, novamente, nascerá (E eu me recordarei, apesar de meu bom senso, de ti e dos teus olhos que me tragam...) As estrelas no céu brilharão por éons E o que sinto, hoje(pois não posso mais adiar), Deve desaparecer do Universo Deve ser extirpado de um só golpe Deve ser jogado à fornalha Disso, que quero tanto, e não posso querer Despeço-me, qual abortivo...
Cara Yvette,
ReplyDeletenão encontrei seu e-mail...
Queria lhe enviar uma poesia que fiz em um momento de tensão e de paixão. Não sei, poderia gerar outras temáticas. Meu e-mail: erica.pompeu@hotmail.com (se puder, me envia um retorno por e-mail)
Abraço,
Ei-la:
ABORTIVO
Este espinho na carne
Este aguilhão indesejado
Isto, que desde o princípio
In illo tempore
Não poderia ser
Que não deveria ter sido querido
E que a negligência e a imprudência do sentimento
Ousaram almejar, e a alcançar, e a pretender ...
Isso, que não pode ser dito
Que nunca será
Que as entrelinhas de meus olhos denunciam
Que os meus atos delatam
Que o tormento entre a φιλία e o ἔρως insuflam
Isso, inconcebível, incompreensível, aquém dos conceitos
Além de mim mesma
E que me toma, arrebatando-me por rumos novamente desconhecidos
Que não será lido por ti
Que não se saberá tão caro por mim...
Isso, permanecerá oculto, velado e ignaro
Hoje, o sol alcançará o horizonte, mais uma vez
A lua cheia, novamente, nascerá
(E eu me recordarei, apesar de meu bom senso, de ti e dos teus olhos que me tragam...)
As estrelas no céu brilharão por éons
E o que sinto, hoje(pois não posso mais adiar),
Deve desaparecer do Universo
Deve ser extirpado de um só golpe
Deve ser jogado à fornalha
Disso, que quero tanto, e não posso querer
Despeço-me, qual abortivo...