Vão atrás do teu nome,
(agora que o escrevi)
fantasmas curiosos
que seguem ou recusam
o teu verbo severo
porque não o entendem:
não adivinham qual foi
o movimento
o pensamento
a ideia-força
guiando a mão
guiando a mão
devolvendo às palavras
novo sopro
as palavras secavam
no seu corpo
era um corpo sem osso
já o dizias tu
no teu poema
um descarnado corpo
abandonado
nos vales da memória
nos regatos
um choro de criança
abutres espreitando
quando seria a hora
No comments:
Post a Comment