AGORA
(para os Sem-Abrigo de Lisboa)
Agora
só ao poente
na luz filtrada
de rosa
que é a nossa
nesta cidade
acesa
onde as palavras
voam
pelas ruas
as casas
os telhados
palavras-pássaro
palavras-vento
e agora
sempre ao poente
palavras-medo
(25 de Outubro de 2014)
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