Sintonia para pressa e presságio
de Paulo Leminski
Escrevia no espaço.
Hoje, grafo no tempo,
na pele, na palma, na pétala,
luz do momento.
Soo na dúvida que separa
o silêncio de quem grita
do escândalo que cala,
no tempo, distância, praça,
que a pausa, asa, leva
para ir do percalço ao espasmo.
Eis a voz, eis o deus, eis fala,
eis que a luz se acendeu na casa
e não cabe mais na sala.
Nos últimos três versos temos a chave do poema e da criação poética: O Verbo, o deus da Inspiração que faz do Verbo um Dizer poético, com a luz que se acende, não na casa, não na sala -mas na alma.
É da alma que fala a poesia!
Belíssimo!!!
ReplyDeleteDescubro, no apelido, a ligação a um querido amigo do longe?
ReplyDeleteAcho que sim.
ReplyDelete