Vem mesmo a propósito, esta reedição do ANIBALEITOR de Rui Zink.
Trata-se de um livro leve mas culto (guarda nas entrelinhas a erudição que o inspira) prazeiroso (como diriam alguns brasileiros amigos) e muito divertido.
Em suma, redescobrir esta prosa saudável é um conforto de alma.
Alguns escritores, ao crescer no sucesso, envelhecem. A pose e a antiga inspiração secam em simultâneo.
Mas felizmente para nós, leitores, nem todos envelhecem assim, pomposos, aborrecidos, pensando que uma reedição não merece entusiasmo, do próprio e dos outros, que vão ler, se não leram antes. É o meu caso, não tinha lido antes.
E aqui recomendo, aos que desejam aprender "escrita criativa" que comecem, antes de tudo, por ler.
Ler e reler.
E então navegar nas torrentes da escrita. Quem leu, não se afogará - e dos outros não devemos ter pena.
Esta leitura foi para mim como que respirar de novo num país algo abafado, pela pompa e pela circunstância ( mas desta não falarei aqui...)
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